sábado, 27 de outubro de 2007

Somos todos UFRJ

A sessão do Consuni do dia 18/10/2007 entrou para a história da UFRJ como um episódio altamente questionável por todos que lutam diuturnamente, embora de diferentes lugares, pela construção de uma universidade pública, democrática, laica e de qualidade.
O rumo dos acontecimentos caminha na contracorrente do esforço empreendido pela Reitoria no sentido de pôr o P.R.E./UFRJ em debate.
É lamentável que o órgão colegiado superior da universidade fique à mercê da armadilha da polarização simplória e descabida: não há vencedores e vencidos. Somos todos UFRJ.
O poder da imagem disponível na TV Consuni permite rever, no lugar de analista, aquele episódio. O microfone aberto possibilita a escuta de comentários insidiosos, outra expressão daquele momento, como também verificar que havia em curso a defesa de questão de encaminhamento. Havia conselheiros inscritos para debater o parecer da Comissão de Desenvolvimento e o Voto em separado. Não havia condições políticas para o Regime de Votação. Considero um grave erro legitimar a decisão tomada naquele momento.
A formalização de programas é etapa necessária, mas insuficiente. Trata-se de construir condições políticas e institucionais para sua efetivação. O sucesso da implementação de qualquer política depende da capacidade de aglutinação e da construção de consensos. E a UFRJ está cindida. Expressivos segmentos da UFRJ estão indignados. É preciso que nós educadores restauremos as condições de diálogo e do embate de idéias. O desafio que se apresenta é o de fortalecer a institucionalidade, com base no respeito às relações democráticas.
Por tudo isso, considero fundamental recuar para avançar.

Lilia Guimarães Pougy
Representante dos Professores Adjuntos Doutores do CFCH

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