A sessão do Consuni do dia 18/10/2007 entrou para a história da UFRJ como um episódio altamente questionável por todos que lutam diuturnamente, embora de diferentes lugares, pela construção de uma universidade pública, democrática, laica e de qualidade.
O rumo dos acontecimentos caminha na contracorrente do esforço empreendido pela Reitoria no sentido de pôr o P.R.E./UFRJ em debate.
É lamentável que o órgão colegiado superior da universidade fique à mercê da armadilha da polarização simplória e descabida: não há vencedores e vencidos. Somos todos UFRJ.
O poder da imagem disponível na TV Consuni permite rever, no lugar de analista, aquele episódio. O microfone aberto possibilita a escuta de comentários insidiosos, outra expressão daquele momento, como também verificar que havia em curso a defesa de questão de encaminhamento. Havia conselheiros inscritos para debater o parecer da Comissão de Desenvolvimento e o Voto em separado. Não havia condições políticas para o Regime de Votação. Considero um grave erro legitimar a decisão tomada naquele momento.
A formalização de programas é etapa necessária, mas insuficiente. Trata-se de construir condições políticas e institucionais para sua efetivação. O sucesso da implementação de qualquer política depende da capacidade de aglutinação e da construção de consensos. E a UFRJ está cindida. Expressivos segmentos da UFRJ estão indignados. É preciso que nós educadores restauremos as condições de diálogo e do embate de idéias. O desafio que se apresenta é o de fortalecer a institucionalidade, com base no respeito às relações democráticas.
Por tudo isso, considero fundamental recuar para avançar.
Lilia Guimarães Pougy
Representante dos Professores Adjuntos Doutores do CFCH
sábado, 27 de outubro de 2007
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